Estava
pensando na passagem em que Jesus entra na cidade de Naim e se depara com um
cortejo fúnebre. Uma mulher viúva está sepultando o seu único filho. O texto
diz que Jesus se compadeceu dela e por isso tocou o menino ressuscitando-o e o
restituiu à sua mãe.
Sei
que a compaixão não é um sentimento exclusivo de nós cristãos, mas entendo deva
ser inerente. Qualquer pessoa no mundo pode se compadecer de seu próximo e também existem
pessoas que não tem compaixão alguma. No mundo posso encontrar gente de compaixão e
gente indiferente, mas entre nós, corpo de Cristo, a compaixão não pode faltar.
Vivemos
num mundo de indiferença e individualidade. O mundo pode ser assim, mas nós não
podemos ser assim.
Fiquei
pensando no sentimento de Jesus. Ele se compadeceu porque era uma mulher viúva,
ou seja, já havia sepultado o marido, e agora sepultava o seu filho único. A
vida é dura. Pessoas sofrem todo dia em todos os lugares.
Por
conhecer a situação daquela mulher, Jesus se colocou no lugar dela, no lugar de
alguém que não apenas viveria na solidão, mas na solidão somada à memória da
perda de seu marido e seu filho.
Quem
conhece se compadece.
O problema é que não temos tempo pra nos envolver com o
problema de ninguém. Não quero dizer que esta seja uma regra, sei que tem gente
que não se importa com ninguém, mesmo conhecendo a dor de seu próximo. Mas
falando de gente que tem Deus dentro de si, falando de gente sensível ao que
acontece ao seu redor, acho que posso estar certo.
Precisamos
nos dispor a conhecer, a entrar na vida das pessoas, a penetrar o raio de ação,
sentir o coração de quem sofre. No PAM deste semestre, ouvi uma frase do Ziel
Machado que tem tudo a ver com isso:
“Pastorear
é habitar a dor alheia”
Sabemos
o que é fazer o bem, só resta saber se fazemos porque é nosso papel fazer o
bem, ou porque nos sentimos movidos a fazer o bem.
Jesus
entrou na nossa vida, entrou no nosso mundo, viveu a nossa realidade. Jesus habita
em nós, conhece tudo dentro de nós, sabe bem o que passamos. Ele se dispôs, ele
se humilhou.
Disponhamo-nos a habitar a dor alheia, compadeçamo-nos de quem
está ao nosso redor. Sejamos Igreja, sejamos o corpo cuja cabeça é Jesus. O que
ele pensa e sente, pensemos nós e sintamos nós.
realmente ta faltando amor e compaixão entre o povo de Deus , até pregam sobre o amor mais na prática não vive esse amor ! muitos saem da igreja por falta de pastores q apascentam... é triste a realidade mais é assim q acontece!
ResponderExcluirÑão fácil se importar com o outro a ponto de se colocar no lugar e sentir a dor alheia. Mas é o que precisamos fazer. Nunca tinha pensado dessa forma ao ler essa passagem bíblica, me fez lembrar o quão homem e quão santo Jesus foi ao mesmo tempo. Habitar a dor alheia não é só missão do Pastor, mas é missão de qualquer um na função de amar o próximo como a nós!
ResponderExcluir"O problema é que não temos tempo pra nos envolver com o problema de ninguém"...
ResponderExcluir"Precisamos nos dispor a conhecer, a entrar na vida das pessoas, a penetrar o raio de ação..."
Não quer dizer que não nos importamos, q somos insensíveis, mais quantos de nós pelo menos uma vez, sentimos vontade de ajudar mas estávamos envolvidos nos nossos afazeres e logo esquecemos?
Acho que o maior problema é o desejo incontrolavel de querer ser sucesso, ser lembrado, ser visto, ter, ganhar dinheiro, passear nos fins de semana e férias,etc e mesmo que sintamos esse "chamado" sempre teremos algo particular para fazer... Difícil essa renuncia....
Guilherme Lizardo:
ResponderExcluirmuito pertinente Zé... quando leio este versículo: "A religião que Deus, o nosso Pai, aceita como pura e imaculada é esta: cuidar dos órfãos e das viúvas em suas dificuldades e não se deixar corromper pelo mundo. (Tiago 1:27)", vejo o quão estou longe do padrão ainda e como devo me desnudar desse casulo, e começar a olhar pro lado.