segunda-feira, 27 de maio de 2013

Você encontrou o que queria?


Há um grande conflito em curso dentro de muita gente. Ouço pessoas e aconselho outras que carregam uma grande insatisfação no que diz respeito às suas conquistas pessoais. Fazem tudo certo e não sabem por que as coisas estão dando errado. Frequentam a Igreja nos dias certos, cantam do jeito certo, ofertam no lugar certo, oram com a perseverança e o fervor corretos, profetizam os textos que lhes ensinaram e tomaram posse da coisa certa. Porém depois de fazer tudo certo, veem diante de seus olhos um resultado diverso. Estão vivendo algo diferente do que desejariam viver.
Oramos, e servimos a Deus por resultados?
Qual dos dois está errado; o caminho que trilhamos ou a expectativa que criamos?
O evangelho triunfalista nos empolga, mexe com a nossa “fé”, e nos induz projetar nossa alegria no resultado que Deus pode nos dar, e não na graciosa pessoa que Deus é. Quando eu era garoto cantava;
“O brilho deste mundo se apaga ante ti, a glória desta terra nada é”. Hoje cantamos;
“Deus vai me dar o melhor desta terra, vou conquistar o mundo”.
Como é possível viver uma vida com Deus e não estar satisfeito?
Como pode alguém encontrar a salvação, a ressurreição e a vida e se sentir morto?
Temos Jesus e somos infelizes?
Mas ele não é a nossa alegria e a nossa realização? Ou nossa alegria e realização são as coisas que ele pode nos dar?
Será que não somos insatisfeitos por desejar ter o que Paulo disse que era esterco? Por projetar nossa satisfação em coisas que nunca satisfarão.
Será mesmo que sua ansiedade por conquistas terrenas é a melhor coisa que Deus tem a te dar?
Tenho pensado e falado muito sobre isso. Tenho batido bastante nesta tecla. Servimos a Deus por convicção de fé, por rendição, por sermos salvos, por dependência, por gratidão e por que isso nos faz felizes, e não porque vamos conquistar posses ao segui-lo.
O que você procurava quando encontrou a Deus? Era o que você desejava? Era o que você buscava?
Jesus é tudo que você queria?
Jesus disse a seus discípulos que pra ele, comida e bebida, era fazer a vontade do pai e realizar a sua obra. Ele se satisfazia, se saciava, realizando a vontade do pai.
Como alguém pode dizer que é feliz por ter aberto mão de sua vontade para fazer a vontade de outra pessoa?
Não é comum ver alguém contando como testemunho com alegria o fato de que a sua vontade não foi feita, e sim a de Deus. Pra nós, testemunho feliz, é aquele onde podemos declarar que o que queríamos que acontecesse, aconteceu.
É possível que alguém busque a Deus porque está perdido, porque precisa de uma resposta, precisa de um livramento. Talvez a condição de derrota e perda levaram esta pessoa até ele. Quando esta pessoa o encontra, três coisas podem acontecer.
Primeira – tudo que se esperava aconteceu.
Segunda – aconteceu mais ou menos o que se esperava.
Terceira – não aconteceu nada do que se esperava.
Qualquer que seja a alternativa, o mais importante é que descobrimos que a coisa mais incrível que nem procurávamos ou esperávamos aconteceu, nós o encontramos, encontramos a vida, encontramos Jesus.
Encontramos a sua graça, o seu perdão. Encontramos a reconciliação com Deus, o caminho de vida. Encontramos a sua vontade e o seu amor.
Melhor do que ter encontrado o Deus que pode fazer o que quero, é ter encontrado o Deus.
Ele é melhor do que o que ele pode nos dar. Ele é mais importante do que as coisas que ele pode realizar na terra. A sua obra de graça e redenção, é a coisa mais incrível que eu e você poderíamos ter encontrado.
Se o fato de termos encontrado o Reino não nos faz feliz é porque não temos ideia do que encontramos.
O Reino de Deus é como se um homem encontrasse um tesouro enterrado num campo. O tesouro é mais importante do que o campo. Ele trabalha e faz de tudo pra comprar o campo, não pelo campo, mas pelo tesouro.
Não se sinta insatisfeito pelo que você não conquistou. Não se preocupe se o que você esperava não aconteceu. O que você precisa não é o que você pensa que Deus pode te dar. O que você precisa já é o próprio Deus.
A nossa confusa religião (não sei se há alguma que não o seja, acho que não), quer nos induzir a uma satisfação relativa. Ela nos dita padrões de vida e de sucesso que mais se aproximam dos padrões doentes de uma sociedade perdida, do que dos padrões divinamente equilibrados do evangelho.
É nos imputado um padrão de felicidade religioso-triunfalista e nos comparamos a ele pra nos sentirmos fracassados ou bem sucedidos. E isso está errado.
Lembre-se de quem era e deixou de ser. Lembre-se de quem tinha e deixou de ter. Lembre-se de quem estava e deixou de estar. Lembre-se de quem nos disse “quem quiser vir após mim, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz e me siga” .
Admita ao menos a hipótese de que ser, ter e viver o que Deus deseja, deva ser algo infinitamente melhor do que viver o que a nossa carne humana deseja.
Não sei se você sabia disso, mas sua alegria não depende de suas conquistas humanas, mas depende do fato de que ele te conquistou com amor na cruz.
Não sei se você já sabia disso, mas encontrar Jesus é encontrar tudo que você precisa.Talvez você não tenha percebido, mas ele é.
Cuidado pra não correr atrás do que você não precisa, pra ter a alegria que você não percebeu que já tem.

A partir de agora, acesse meu novo endereço
http://www.acasadarocha.com.br/zebrunovetores/